Na cama com a MPB

Nova série do Canal Brasil vai contar a evolução da sexualidade na música popular brasileira. Primeiro programa vai falar sobre a mulher Mulher é feito pudim, geleia ou rocambole (...) vai que é mole! Vai que é mole! A marchinha de Carnaval cantada por Linda Batista no início de década de 1960 dá uma ideia de como a mulher era vista à época pela sociedade, quando o machismo ainda era encarado de forma natural. Até pelas mulheres. Os versos contrastam com a composição de Ana Carolina, Cabide, que retrata uma mulher do século XXI, decidida, que sabe o que quer: Vou arrancar sua blusa e pôr no meu cabide só pra pendurar. Quero ver se você tem atitude e se vai me encarar.Esses dois exemplos ilustram como as mudanças de comportamento e a evolução da sexualidade passaram pela música brasileira. É justamente essa evolução – presente nas letras, no comportamento e na imagem de seus personagens – que o pesquisador musical Rodrigo Faour quer mostrar na nova série do Canal Brasil que estreia nesta quarta-feira (24), à meia-noite.História Sexual da MPB, baseada no livro homônimo de Faour, terá, na primeira temporada, seis programas. Mulher (dois programas), sensualidade, duplo sentido, dor de cotovelo e sexualidade transgressora foram os temas escolhidos para esse primeiro lote.Há muitas canções polêmicas, que mexeram com a libido dos ouvintes, afirma Faour. Ele diz que todos tiveram sua parcela de culpa, independentemente do gênero ou posição dentro da MPB.Nos dois programas dedicados à mulher, Faour vai mostrar e conversar com aqueles que ajudaram a desvendar a alma feminina em canções que entraram para a história da MPB. Alcione, Ivan Lins, Caetano Veloso e Erasmo Carlos são os convidados. As cantoras se tornaram símbolos da mulher brasileira, diz o apresentador, citando nomes como Gal Costa, Rita Lee, Vanusa, Fafá de Belém e Simone.A série conta com uma lista de convidados extensa. E sem preconceito, assim como deve ser encarada a sexualidade. Gilberto Gil, Wando, Alcione, Tito Madi (bossa nova), João Roberto Kelly (marchinhas), Martinho da Vila, Angela Roro, Jorge Goulart (era do Ráido) e Waleska Popozuda (do funk).O programa História Sexual da MPB será reprisado em dois horários: às sextas-feiras, às 21 horas, e de sexta para sábado, à 4h30 da manhã. Outros sete programas devem ser exibidos no segundo semestre.
Fonte: Época.com.br

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